PELÉ ETERNO, VIVA O REI !

O dia de hoje, 23 de Outubro, devia ser o dia do futebol. Pelé é o futebol. Não houve e jamais haverá um Pelé. Até porque o futebol como vimos e gostávamos jamais será o mesmo.


Eu sou tricolor e até o dia que vi Rivelino no Fluminense, futebol era Pelé. Fui ver a despedida de Garrincha, era menino, mas só fui porque queria ver Pelé. E vi. Enquanto Garrincha era apenas uma sombra, um triste retrato de ex-atleta em campo, Pelé tomou conta do espetáculo e de quebra fez um golaço driblando toda a defesa do adversário (uma seleção dos melhores estrangeiros que jogavam no Brasil).

‘Narciso acha feio o que não é espelho’ por isso o povo brasileiro, na maioria pobre, muitos deles alcoólatras, bígamos e irresponsáveis tem Garrincha como espelho, dai essa aura mística que permite a heresia de dizer, até que Garrinha foi melhor. O pior é que muitos não admitem por puro racismo, como pode um crioulo ser o melhor do mundo em meio a tantos brancos. Leve também em conta o ódio das esquerdas contra o REI, rico, que jogava na “Seleção da Ditadura”, enquanto Garricha o ‘herói proletário’ morria pobre e abandonado.

Desculpem, mas comparar Pelé com Garrincha é até um desrespeito ao Mané, que foi um grande jogador, mas dai a imaginá-lo lado a lado no Olímpio, é pecado. E mortal…

Pelé foi tudo e mais um pouco e se quisesse ficar só na ponta direita driblando e cruzando, só nesse item, seria o rei do futebol.

Eu vi todos os jogos da Copa do mundo de 1970, depois acompanhei os jogos do Santos, as finais de 1974 e o seu jogo de despedida. Vi Pelé no Cosmos.

Agradeço aos deuses do futebol por terem me permitido ver ao vivo e a cores esse gênio do futebol.

Parabéns Pelé, eterno.



MENOS ATLETAS E MAIS ARTISTAS

Shannon Briggs e Vitali Klitschko disputaram o cinturão dos pesos pesados do Conselho Mundial de Boxe (CMB) na noite de sábado dia 16/10/10. Após 12 rounds, o americano foi derrotado, deixou o ringue e foi levado às pressas para o hospital universitário Eppendorf, em Hamburgo, com suspeita de hemorragia cerebral. Na minha imodesta opinião, Briggs, de vida atribulada, que já andou até no UFC,  jamais poderia ser colocado no ringue frente a um atleta como Klitscko. até porque  lutar 12 rounds é desumano, considerando o atual nível de evolução da prparação física no esporte como um todo.

Assim como no Boxe, controlado por Don King, o futebol brasileiro apresenta o memo quadro desumano. O resultado disso é que na Série A do Campeonato Brasileiro, até agora mais de 50 jogadores estão nos departamentos médicos dos clubes.   O futebol hoje é um espetáculo controlado pela televisão, ( para o bem e para o mal ), que impõe um calendário longo e jogos em horários diversificados.

Tudo isso influe na preparação, na alimentação, no sono, enfim no metabolismo dos atletas. Na verdade o futebol de resultados, para garantir diretorias, treinadores, presidentes de sindicatos e etc, contribui para acabar de vez com o futebol espetáculo. Quem sofre o nocaute é sempre o torcedor... 

Como nunca haveria consenso para a redução do 'armamento físico ' das equipes, eu acredito que a solução para para frear esse "exagero" da preparação física, que hoje prioriza o atleta em detrimento do artista da bola, o futuro do futebol esteja na classificação por PESO, como no Boxe, e não por idade, como hoje, com is sub 23 e etc. Na divisão dos mais pesados, por exemplo, craques como Petkovic, Ronaldo Fenômeno, Roberto Carlos, Ricardinho, Felipe e outros poderiam jogar tranquilamente, sem precisar disputar posição com esses atletas que correm desenfreadamente mas não jogam nada.

O que o público de verdade quero ver é menos atletas e mais artistas da bola.

Sei que é utopia, porque na verdade, como o Don King, no boxe faz do cinturão de campeão uma vitrine, a  CBF, faz da Seleção e dos clubes brasileiros vitrine para venda de garotos.

O que os amigos acham disso ?.